RSS

domingo, 16 de janeiro de 2011

PERFECTA COINCIDÊNCIA

Olho a lareira e com um copo de vinho em minhas mãos,
vou até a janela e fico inerte observando a paisagem.
O frio que lá fora se faz, um sussurro traz o vento.

Olho a lareira e suspiro, penso na vida,
escuto os sons a minha volta,
as batidas do meu coração, a minha respiração.

Há tanta vida em mim, como a música,
e sinto que somos como uma imensa orquestra ,
que segue os mais variados ritmos.

Tomo um pouco de vinho para aquecer o corpo e curar a alma,
sinto o corpo leve, quente e mergulho nas lembranças.
Esse meu coração sempre apanhando... Mas não me importo.

Sento diante da lareira, os olhos brilhantes
e as faces rubras, escuto baixinho a canção da sua felicidade,
companheira das minhas noites de outono.

Como testemunha o frio, a lareira, o vinho
sorrio e queria poder te escrever o mais bonito poema
Colocar entre as linhas toda a verdade, mas não posso...

E assim calo as minhas palavras e os meus pensamentos,
abraço as lembranças, mato minhas saudades no suave líquido,
e por um momento as lágrimas descem e adormeço embriagada de desejos.

Adormeço... Por não conseguir escrever o bonito poema.
E nos meus sonhos te vejo feliz... E sorrio mais uma vez na descoberta das palavras:
“...TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA. FERNANDO PESSOA”
E a sua alma não é pequena...

Poeta Menina 31/05/2010
‘DIREITOS RESERVADOS"



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva aqui seu comentário... Não esqueça de deixar o seu nome!